sábado, 31 de janeiro de 2015

Lição 05 - Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão. Revista Professor - CPAD.

Lição 05.                                                                                                   01 de Janeiro de 2.015.
Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão.
A palavra hebraica para “vão”, aqui utilizada, deriva de uma raiz que significa “estar vazio”, no sentido de “não ter substancia, não ter valor”.

Síntese do Tópico III
O terceiro mandamento corresponde a usar o nome de Deus de forma superficial, em conversas triviais, fúteis e insignificantes.


O nome de Deus é YHWH

Assim, a pronúncia exata das consoantes YHWH se perdeu no tempo.
Os judeus religiosos pronunciam por reverência Adonay cada vez que encontram o tetragrama no texto sagrado na leitura da sinagoga.



( Gênesis 24:2 - E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa, )
( Gênesis 24:3 - Para que eu te faça jurar pelo SENHOR Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito. )
( Gênesis 24:9 - Então pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio. )

( Gênesis 32:25 - E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. )
( Gênesis 32:26 - E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares. )
( Gênesis 32:27 - E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. )
( Gênesis 32:28 - Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. )
( Gênesis 32:29 - E Jacó lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. )

TEXTO ÁUREO
“Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do vosso Deus. Eu sou o SENHOR.”
Levítico 19:12

Verdade Prática
O terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e leviano, pois o voto é um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma solenidade excepcional e incomum.

Leitura Diária
Segunda - ( Deuteronômio 6:13 - O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. )
O cuidado do juramento em nome de Deus.

Terça  - ( Gênesis 14:18 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. )
( Gênesis 14:19 - E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; )
( Gênesis 14:20 - E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. )
O Deus de Melquisedeque era o mesmo Deus de Abraão.

Quarta – ( I Pedro 1:15 - Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; )
( I Pedro 1:16 - Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.  )
Deus é santo e exige santidade de seu povo.
Quinta – ( Mateus 6:9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; )
É dever do cristão santificar o nome divino.

Sexta – ( Eclesiastes 5:2 - Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras.)
( Eclesiastes 5:3 - Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras. )
( Eclesiastes 5:4 - Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.)
( Eclesiastes 5:5 - Melhor é que não votes do que votares e não cumprires. )
O cuidado antes de fazer um voto a Deus.

Sábado – ( Tiago 5:12 - Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação. )
A linguagem do cristão deve ser sim, sim e não, não.


Estatística desta lição

INTRODUÇÃO

I – O nome divino.

1. O nome.

2. Nomes genéricos.

3. Nomes específicos.

II – O nome que se tornou inefável.

1. A pronuncia do nome divino.

2. Jeová ou Javé?

3. O significado.

III – Tomar o nome de Deus em vão.

1. O terceiro mandamento.

2. Juramento e perjúrio.

3. Modalidades de juramentos.
        
         Subsidio Teológico.

IV – O Senhor Jesus proibiu o juramento.

1. Objetivo do terceiro mandamento.

2. A proibição absoluta.

3. A proibição relativa.

Subsidio Teológico.

Conclusão

Para refletir.
Sobre “Não tomarás o nome de Deus em vão”

Leitura bíblica em classe.

 Êxodo 20. 7; Mateus 5. 33-37; 23. 16- 19.

( Êxodo 20:7 - Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. )
( Mateus 5:33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. )
( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; )
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. )
( Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. )
( Mateus 23:16 - Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. )
( Mateus 23:17 - Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? )
( Mateus 23:18 - E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. )
( Mateus 23:19 - Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? )

Objetivo Geral:
Interpretar corretamente o mandamento “Não tomarás o nome do Senhor em vão”.

Objetivo Específicos:
Ø I  = Mostrar como eram usados os nomes no Antigo Testamento.

Ø II  = Apontar o problema da pronuncia do nome de Deus.


Ø III = Elencar as modalidades dos juramentos no Antigo Testamento.

Ø IV = Apresentar a perspectiva de Jesus sobre o juramento.


Interagindo com o professor.

            Houve um tempo em que bastava a palavra de uma pessoa e o compromisso estava firmado.
Hoje, as pessoas dizem que as palavras “o vento as leva”.
Vivemos numa sociedade em que seus membros banalizaram o compromisso verbal.
É comum muitos mudarem de posição, não que isso seja errado, pois não há nada mais digno do que reconhecermos quando estávamos equivocadas, mas recuar em sua palavra pelo bel-prazer não é correto.
O Senhor Jesus ensinou aos discípulos que a nossa linguagem tem que ser sim, sim ou não, não.
Não pode haver meio-termo quanto ás nossas decisões.
Nâo podemos usar “os céus” ou “a terra” para encobrir as nossas decisões.


INTRODUÇÃO
A dificuldade humana para dizer a verdade e cumprir com os seus compromissos na antiguidade eram motivos de juramentos triviais em coisas efêmeras = ( que dura pouco, passageiro, pouco duradouro. ) da vida.
Deus é santo e exige santidade de seu povo.
Assim, o relacionamento de todas as pessoas deve ser honesto e cada um deve falar a verdade. Nada é construído em cima de mentiras, e se for logo virá a verdade, e com a verdade...
A lei estabelece limites, pois Deus está presente nos relacionamentos pessoais de seu povo.


Ponto Central:
O cristão não deve jurar nem pelo céu, nem pela terra.
A sua linguagem deve ser sim, sim e não. não; e o que passa disso vem do Maligno.


I – O nome divino.

1.   O nome.
Nos tempos do Antigo Testamento, o nome era empregado não simplesmente para distinguir uma pessoa das outras, mas também para mostrar o caráter e a índole do indivíduo.
Houve caso de mudança de nomes em consequência de uma experiência com Deus como Abraão ( Gênesis 17:5 - E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto; ), Sara (Gênesis 17:15 - Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome. ) e Jacó ( Gênesis 32:28 - Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. ).
O nome de Deus representa o próprio Deus, é inerente à sua natureza e revela suas obras e atributos.
Não é um apelativo, nem simplesmente uma identificação pessoal ou uma distinção dos deuses das nações pagãs.
A Bíblia revela vários nomes divinos que podemos classificar em dois grupos: genéricos e específicos.

2.   Nomes genéricos.
São três os nomes genéricos que o Antigo Testamento aplica além do "Deus de Israel".
Na sua tradução do hebraico para a nossa língua só aparecem dois nomes, "Deus" e "Altíssimo".
O nome "Deus" em nossas bíblias é tradução do hebraico El ( Números 23:8 - Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como denunciarei, quando o SENHOR não denuncia? ) ou Eloah (Deuteronômio 32:15 - E, engordando-se Jesurum, deu coices (engordaste-te, engrossaste-te, e de gordura te cobriste) e deixou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação.), ou seu plural, Elohim (Gênesis 1:1 - NO princípio criou Deus os céus e a terra. ).
O outro nome genérico é Elyon, "Altíssimo" ( Deuteronômio 32:8 - Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. ), às vezes acompanhado de "El", como em El-Elyon, "Deus Altíssimo" ( Gênesis 14:19 - E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; )
( Gênesis 14:20 - E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. ).

3.   Nomes específicos.
São três os nomes específicos que o Antigo Testamento aplica somente para o Deus verdadeiro: Shadday, Adonay e YHWH.
El-Shadday, "Deus Todo-poderoso", é o nome que Deus usou ao revelar-se a Abraão ( Gênesis 17:1 - SENDO, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. ); ( Êxodo 6:3 - E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido. ).
Adonay, "Senhor", é um nome próprio e não um pronome de tratamento (Isaías 61: - O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;  ).
O outro nome é o tetragrama (as quatro consoantes do nome divino, YHWH, Yahweh, Javé ou Jeová).
A versão Almeida Corrigida, nas edições de 1995 e 2009, emprega "SENHOR", com todas as letras maiúsculas, onde consta o tetragrama no Antigo Testamento hebraico para distinguir de Adonay ( Juízes 6:22 - Então viu Gideão que era o anjo do SENHOR e disse: Ah, Senhor DEUS, pois vi o anjo do SENHOR face a face.  ).

Síntese do Tópico I
No Antigo Testamento, o nome de uma pessoa tinha a função de mostrar o caráter ou a índole de um individuo.

II – O nome que se tornou inefável.

1. A pronúncia do nome divino.
O tetragrama é inefável = ( Que não pode ser nomeado, designado ou descrito devido à sua complexidade natural, intensidade ou beleza; indescritível. P.ext. Que não se pode descrever por palavras. P.ext. Que provoca grande prazer ou contentamento; encantador.
Figurado. Religião. Designação de Deus. 
) no judaísmo desde o período interbíblico e permanece impronunciável pelos judeus ainda hoje.
Isso para evitar a vulgarização do nome e assim não violar o terceiro mandamento.
A escrita hebraica é consonantal; as vogais são sinais diacríticos* que os judeus criaram somente a partir do ano 500 d.C.
Assim, a pronúncia exata das consoantes YHWH se perdeu no tempo.
Os judeus religiosos pronunciam por reverência Adonay cada vez que encontram o tetragrama no texto sagrado na leitura da sinagoga.

2. Jeová ou Javé?
Na Idade Média, especificamente no século XIV, foram inseridas no tetragrama as vogais de Adonay (o "y" é semiconsoante no alfabeto hebraico).
O resultado é a pronúncia "YeHoWaH".
Isso para lembrar, na leitura, que esse nome é inefável e, dessa forma, pronunciar "Adonai".
Esse enxerto no tetragrama resultou na forma "Jeová", que não aparece no Antigo Testamento hebraico.
Estudos acadêmicos confirmam o que a maioria dos expositores do Antigo Testamento vinham ensinando, que a pronúncia antiga do nome é Yahweh, e na forma aportuguesada é Iavé ou Javé.

3. O significado.
Esse nome vem do verbo hebraico hayah, "ser, estar".
O significado desse verbo em Êxodo 3.14, "EU SOU O QUE SOU", indica que Deus é imutável e existe por si mesmo; é autoexistente, autossuficiente e que causa todas as coisas.
Deus se revela pelo seu nome.
O terceiro mandamento é um resumo e ao mesmo tempo uma recapitulação daquilo que Deus havia dito antes a Moisés (Êxodo 3:14 - E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.) (Êxodo 6:3 - E eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido. ) .

Síntese do Tópico II
A pronúncia do tetragrama, YHWH, o que seria o nome de Deus, perdeu no tempo.

III – Tomar o nome de Deus em vão.

1. O terceiro mandamento.
O termo hebraico lashaw, "em vão, inutilmente, à toa", indica algo sem valor, irreal no aspecto material e moral.

A Septuaginta emprega a expressão grega epimataio, "impensadamente".
O substantivo shaw (pronuncia-se "chav") significa "vaidade, vacuidade".
Corresponde a usar o nome de Deus de forma superficial, em conversas triviais, e faltar com a verdade em seu nome, como ao pronunciar um juramento falso ( Levítico 19:12 - Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do teu Deus. Eu sou o SENHOR. ) ou fazer um voto e não o cumprir ( Eclesiastes 5:4 - Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. ).

2. Juramento e perjúrio – (Juramento falso ou violação de juramento.
Jurídico. Delito em que alguém presta um falso testemunho ou faz uma falsa acusação.
Jurídico. Testemunho feito na justiça para prejudicar alguém através de mentiras ou testemunhando falsamente.
 ).

O juramento é o ato de fazer uma afirmação ou promessa solene tomando por testemunha algum objeto tido por sagrado; o perjúrio é o falso juramento.
As palavras do Senhor Jesus, "ouvistes que foi dito aos antigos" ( Mateus 5:33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR.  ), não se referem ao Antigo Testamento, mas aos antigos ensinos dos rabinos, às suas interpretações peculiares das passagens da lei que falam sobre o tema ( Êxodo 20:7 - Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.  ); (Êxodo 19:12 - E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá.  ); (Deuteronômio 6:13 - O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.  ).
Isso fica claro, pois as palavras seguintes, "Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor", não aparecem em nenhum lugar no Antigo Testamento.

3. Modalidades de juramentos.
As autoridades israelitas escalonavam o juramento em diversas modalidades: pelo céu, pela terra, por Jerusalém ( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; )
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.  ), pelo Templo e pelo ouro do Templo; pelo altar e pela oferta que está sobre o altar e assim por diante ( Mateus 23:16 - Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. )
( Mateus 23:17 - Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? )
( Mateus 23:18 - E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. )
( Mateus 23:19 - Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? )
( Mateus 23:20 - Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está; )
( Mateus 23:21 - E, o que jurar pelo templo, jura por ele e por aquele que nele habita; )
( Mateus 23:22 - E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado nele. ).
Segundo essa linha de pensamento, os juramentos se classificavam em obrigatórios e não obrigatórios.
Jurar pelo Templo não seria válido; mas, se alguém jurasse pelo ouro do Templo, estava obrigado a cumpri-lo.
Tais crenças e práticas eram condenadas nas Escrituras Sagradas.
Tudo isso era uma forma de ocultar o pecado.

Síntese do Tópico III
O terceiro mandamento corresponde a usar o nome de Deus de forma superficial, em conversas triviais, fúteis e insignificantes.

         Subsidio Teológico.
Ao que tudo indica a proibição aqui não se limita a blasfêmias e vulgaridades no sentido moderno.
Ademais, o senso comum de que o mandamento proíbe jurar falsamente em um tribunal é válido, mas não encerra o caso.
A palavra hebraica para “vão”, aqui utilizada, deriva de uma raiz que significa “estar vazio”, no sentido de “não ter substancia, não ter valor”.
Qualquer invocação do nome de Deus ou menção de seu nome que seja simplesmente perfunctória, equivale a tomar o nome de Deus em vão.
Em outras palavras, tomar o nome de Deus em vão é usar seu divino nome em relação a coisas desimportantes, fúteis e insignificantes.
Por isso, Elton Trueblood afirma: “A pior blasfêmia não é o sacrilégio, mas as palavras falsas”

( HAMILTON, Victor, Manual do Pentateuco, Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 221 )

IV – O Senhor Jesus proibiu o juramento.

1. Objetivo do terceiro mandamento.
A finalidade é pôr um freio na mentira, restringir os juramentos e assim evitar a profanação do nome divino (Levítico 19:12 - Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do teu Deus. Eu sou o SENHOR. ).
O Senhor Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso a santificar o nome divino ( Mateus 6:9 - Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; ).
Ninguém deve usar o nome de Deus nas conversas triviais do dia a dia, pois isso é misturar o sagrado com o comum (Levítico 10:10 - E para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, ).
O Senhor Jesus condenou duramente essas perversões farisaicas, práticas que precisavam ser corrigidas ou mesmo substituídas.
Este mandamento foi restaurado sob a graça e adaptado a ela na nova dispensação, manifesto na linguagem do cristão: "sim, sim; não, não" ( Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. ).

2. A proibição absoluta.
Há os que entendem que a expressão "de maneira nenhuma" ( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; ) é uma proibição de toda e qualquer forma de juramento.
Entre os que defendem essa interpretação estão os amish e os quakers, que nos Estados Unidos se recusam a jurar nos tribunais de justiça.
Eles acreditam que o Senhor Jesus não fez declaração sob juramento diante do Sinédrio ( Mateus 26:63 - Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. )
( Mateus 26:64 - Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.  ).
De igual modo, o apóstolo Paulo evitava fazer juramentos em afirmações solenes ( Romanos 9:1 - EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo ): ( I Corintios 1:23 - Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. ).

Amish
É um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos e Canadá.
São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis.
Estimativas do início da década de 2000 apontavam a existência de 198 mil membros da comunidade amish no mundo, sendo 47 mil apenas na Pensilvânia.
Esses grupos são compostos por descendentes de algumas centenas de alemães e suíços que migraram para os Estados Unidos e o Canadá.
Os amish preferem viver afastados do restante da sociedade. Eles não prestam serviços militares, não pagam a Segurança Social e não aceitam qualquer forma de assistência do governo. Muitos evitam até mesmo fazer seguro de vida.
A maioria fala um dialeto alemão conhecido como "Alemão da Pensilvânia" (em inglês: Pennsylvania Dutch ou Pennsylvania German).
Eles dividem-se em irmandades, que por sua vez se divide em distritos e congregações.
Cada distrito é independente e tem suas próprias regras de convivência.
O filme "A Testemunha", com o actor Harrison Ford, mostra o modo de vida dos amish nos Estados Unidos.
Homens usando ternos e chapéus pretos e mulheres com a cabeça coberta por um capuz branco e com um vestido preto.
A comunidade Amish considerou muito liberal a imagem que se fez deles.
Os amish não gostam de ser fotografados. Interpretam que, de acordo com a Bíblia, um cristão não deve manter sua própria imagem gravada.

Quakers
Quaker  é o nome dado a vários grupos religiosos, com origem comum num movimento protestante britânico do século XVII.
A denominação quaker é chamada de quakerismo, Sociedade Religiosa dos Amigos ( em inglês:Religious Society of Friends), ou simplesmente Sociedade dos Amigos ou Amigos.
Eles são conhecidos pela defesa do pacifismo e da simplicidade.
Estima-se que haja 360.000 quakers no mundo, sendo no Quênia na África o local que possui a maior comunidade quaker.1
Criado em 1652, pelo inglês George Fox, o Movimento Quaker pretendeu ser a restauração da fé cristã original, após séculos de apostasia; eles se chamavam de "Santos", "Filhos da Luz" e "Amigos da Verdade" – donde surge, no século XVIII, o nome "Sociedade dos Amigos".
A Sociedade dos Amigos reagiu contra o que considerava abusos da Igreja Anglicana, colocando-se como "sob a inspiração direta do Espírito Santo".
Os membros desta sociedade, ridicularizados no século XVII com o nome de quakers ( inglês para "tremedores" ), que a maioria adota até hoje, rejeitam qualquer organização clerical, para viver no recolhimento, na pureza moral e na prática ativa do pacifismo, da solidariedade e da filantropia.
Perseguidos na Inglaterra por Carlos II, os quakers emigraram em massa para os Estados Unidos, onde, em 1681, criaram, sob a égide de  William Penn, a colónia da Pensilvânia.
Em 1947, os comités ingleses e americanos do Auxílio Quaker Internacional receberam o Prêmio Nobel da Paz.

3.   A proibição relativa.
Outros afirmam que a proibição de Jesus se restringe aos juramentos triviais, e por essa razão o Senhor Jesus foi específico: "de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, [...] nem pela terra, [...] nem por Jerusalém, [...] nem jurarás pela tua cabeça ( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; )
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. ).
Outro argumento é que homens de Deus no Antigo Testamento faziam juramentos em situação solene e o próprio Deus jurou por si mesmo ( Gênesis 24:3 - Para que eu te faça jurar pelo SENHOR Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito. ); (Gênesis 50:6 - E Faraó disse: Sobe, e sepulta a teu pai como ele te fez jurar. ) (Gênesis 50:25 - E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui. ); (Hebreus 6:13 - Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, )
(Hebreus 6:16 - Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda a contenda. ).
Consideram, ainda, como juramento a resposta de Jesus e as declarações solenes de Paulo ( Mateus 26:63 - Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. )
( Mateus 26:64 - Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.) (Romanos 9:1 - EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): ( I Corintios 1:23 - Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. ).
Essas últimas passagens bíblicas não parecem conclusivas em si mesmas; entretanto, a proibição relativa nos parece mais coerente.
Mesmo assim, devemos evitar o juramento e substituir o termo por voto solene em cerimônias de casamento.

Subsidio Teológico.
         Os juramentos ( Mateus 5:33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. )
( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; )
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. )
( Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. )
Mateus apresenta pela quarta vez a fórmula “foi dito... Eu porém voz digo”.
No comentário sobre a antiga lei, Jesus faz um ajuste importante.
Os juramentos eram permitidos e, em alguns casos, exigidos ( Números 5:19 - E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre.), mas Jesus proibiu o uso de juramentos.
 O emprego do advérbio holos ( de maneira nenhuma ( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )

Conclusão
A linguagem do cristão deve ser sim, sim ou não, não.
Não há necessidade de jurar, pois o testemunho, como crente em Jesus, fala por si mesmo.
Se alguém precisa jurar para que se acredite em suas palavras, tal pessoa precisa fazer uma revisão de sua vida espiritual.
Por essa razão, devemos viver o que pregamos e pregar o que vivemos. 



Para refletir.
Sobre “Não tomarás o nome de Deus em vão”
Qual é o valor do nome na identidade de alguém?
Na cultura biblica, o nome revelava o caráter e a índole de uma pessoa.

Que significado tem “EU SOU O QUE SOU” para você?
Resposta Livre. A idéia é que o aluno revele o que aprendeu sobre a expressão que mostra o verdadeiro nome de Deus: “EU SOU O QUE SOU”.

É correto falarmos em nome de Deus em conversas triviais?
Não. Isto seria misturar o nome sagrado de Deus com as coisas comuns e profanas.

Em nossos compromissos, há a necessidade de fazermos juramentos?
Não. palavra do cristão deve ser “sim, sim ou não, não”.

Por que a nossa palavra deve ser sim, sim e não não?
Os testemunhos do cristão deve falar por si mesmo, sem a necessidade de qualquer juramento para convencer alguém sobre a verdade

Por diácono Daniel Barros de Lima
Dia 31 de Janeiro de 2.015.