Lição 05. 01 de Janeiro de 2.015.
Não Tomarás o Nome do Senhor em Vão.
A palavra
hebraica para “vão”, aqui utilizada, deriva de uma raiz que significa “estar
vazio”, no sentido de “não ter substancia, não ter valor”.
Síntese do Tópico III
O terceiro mandamento
corresponde a usar o nome de Deus de forma superficial, em conversas triviais,
fúteis e insignificantes.
O nome de Deus é YHWH
Assim, a pronúncia exata das consoantes YHWH se perdeu no
tempo.
Os judeus religiosos pronunciam por reverência Adonay cada
vez que encontram o tetragrama no texto sagrado na leitura da sinagoga.
( Gênesis 24:2 - E disse Abraão ao seu servo, o mais
velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua
mão debaixo da minha coxa, )
( Gênesis 24:3 - Para que eu te faça jurar pelo SENHOR
Deus dos céus e Deus da terra, que não tomarás para meu filho mulher das filhas
dos cananeus, no meio dos quais eu habito.
)
( Gênesis 24:9 - Então pôs o servo a sua mão debaixo da
coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio. )
( Gênesis 32:25 - E vendo este que não prevalecia contra
ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó,
lutando com ele. )
( Gênesis 32:26 - E
disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei
ir, se não me abençoares. )
( Gênesis 32:27 - E
disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. )
( Gênesis 32:28 - Então
disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus
e com os homens, e prevaleceste. )
( Gênesis 32:29 - E Jacó
lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por que
perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. )
TEXTO ÁUREO
“Nem
jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do vosso Deus. Eu sou o
SENHOR.”
Levítico
19:12
Verdade Prática
O
terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e leviano, pois o voto é
um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma solenidade excepcional e
incomum.
Leitura Diária
Segunda
- ( Deuteronômio 6:13 - O SENHOR teu Deus temerás e a ele
servirás, e pelo seu nome jurarás. )
O
cuidado do juramento em nome de Deus.
Terça
- (
Gênesis 14:18 - E
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus
Altíssimo. )
(
Gênesis 14:19 - E
abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos
céus e da terra; )
(
Gênesis 14:20 - E
bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E
Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. )
O Deus
de Melquisedeque era o mesmo Deus de Abraão.
Quarta
– ( I Pedro 1:15 - Mas, como é santo
aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; )
( I
Pedro 1:16 - Porquanto
está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. )
Deus é
santo e exige santidade de seu povo.
Quinta
– ( Mateus 6:9 - Portanto, vós orareis assim: Pai
nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; )
É dever
do cristão santificar o nome divino.
Sexta – ( Eclesiastes
5:2 - Não te precipites com a tua boca, nem
o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque
Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas
palavras.)
( Eclesiastes 5:3 - Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo
da multidão das palavras. )
( Eclesiastes 5:4 - Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em
cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.)
( Eclesiastes 5:5 - Melhor é que não votes do que votares e não cumprires. )
O cuidado antes de fazer um voto a
Deus.
Sábado
– ( Tiago 5:12 - Mas, sobretudo, meus
irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro
juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não
caiais em condenação. )
A
linguagem do cristão deve ser sim, sim e não, não.
Estatística
desta lição
INTRODUÇÃO
I – O nome divino.
1. O nome.
2. Nomes genéricos.
3. Nomes específicos.
II – O nome que se tornou inefável.
1. A pronuncia do nome divino.
2. Jeová ou Javé?
3. O significado.
III – Tomar o nome de Deus em vão.
1. O terceiro mandamento.
2. Juramento e perjúrio.
3. Modalidades de juramentos.
Subsidio Teológico.
IV – O Senhor Jesus proibiu o juramento.
1. Objetivo do terceiro mandamento.
2. A proibição absoluta.
3. A proibição relativa.
Subsidio Teológico.
Conclusão
Para refletir.
Sobre
“Não tomarás o nome de Deus em vão”
Leitura bíblica em
classe.
Êxodo 20. 7; Mateus 5. 33-37; 23. 16- 19.
( Êxodo 20:7 - Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o
SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. )
( Mateus 5:33 - Outrossim, ouvistes que foi dito
aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. )
( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de
maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o
escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; )
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça,
porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. )
( Mateus
5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto
é de procedência maligna. )
( Mateus 23:16 - Ai de vós, condutores cegos!
pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar
pelo ouro do templo, esse é devedor. )
( Mateus 23:17 - Insensatos e cegos! Pois qual é
maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? )
( Mateus 23:18 - E aquele que jurar pelo altar
isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é
devedor. )
( Mateus 23:19 - Insensatos e cegos! Pois qual é
maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? )
Objetivo Geral:
Interpretar
corretamente o mandamento “Não tomarás o nome do Senhor em vão”.
Objetivo Específicos:
Ø
I = Mostrar como eram usados
os nomes no Antigo Testamento.
Ø
II = Apontar o problema da
pronuncia do nome de Deus.
Ø
III = Elencar as modalidades dos juramentos no Antigo Testamento.
Ø
IV = Apresentar a perspectiva de Jesus sobre o juramento.
Interagindo
com o professor.
Houve um
tempo em que bastava a palavra de uma pessoa e o compromisso estava firmado.
Hoje, as pessoas
dizem que as palavras “o vento as leva”.
Vivemos numa
sociedade em que seus membros banalizaram o compromisso verbal.
É comum muitos
mudarem de posição, não que isso seja errado, pois não há nada mais digno do
que reconhecermos quando estávamos equivocadas, mas recuar em sua palavra pelo
bel-prazer não é correto.
O Senhor Jesus
ensinou aos discípulos que a nossa linguagem tem que ser sim, sim ou não, não.
Não pode haver
meio-termo quanto ás nossas decisões.
Nâo podemos usar “os
céus” ou “a terra” para encobrir as nossas decisões.
INTRODUÇÃO
A dificuldade humana para dizer a verdade e cumprir com os
seus compromissos na antiguidade eram motivos de juramentos triviais em coisas efêmeras
= ( que dura pouco, passageiro, pouco duradouro. ) da vida.
Deus é santo e exige santidade de seu povo.
Assim, o
relacionamento de todas as pessoas deve ser honesto e cada um deve falar a
verdade. Nada é construído em cima de mentiras, e
se for logo virá a verdade, e com a verdade...
A lei estabelece limites, pois Deus está presente nos
relacionamentos pessoais de seu povo.
Ponto Central:
O cristão não deve
jurar nem pelo céu, nem pela terra.
A sua linguagem deve
ser sim, sim e não. não; e o que passa disso vem do Maligno.
I – O nome divino.
1.
O nome.
Nos tempos do Antigo Testamento, o nome era empregado não
simplesmente para distinguir uma pessoa das outras, mas também para mostrar o
caráter e a índole do indivíduo.
Houve caso de mudança de nomes em consequência de uma
experiência com Deus como Abraão ( Gênesis 17:5 - E não se chamará mais
o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações
te tenho posto; ), Sara (Gênesis 17:15 -
Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de
Sarai, mas Sara será o seu nome. ) e
Jacó ( Gênesis 32:28 - Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel;
pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste. ).
O nome de Deus representa o próprio Deus, é inerente
à sua natureza e revela suas obras e atributos.
Não é um apelativo, nem simplesmente uma identificação
pessoal ou uma distinção dos deuses das nações pagãs.
A Bíblia revela vários nomes divinos que podemos classificar
em dois grupos: genéricos e específicos.
2.
Nomes genéricos.
São três os nomes genéricos que o Antigo Testamento aplica
além do "Deus de Israel".
Na sua tradução do hebraico para a nossa língua só aparecem
dois nomes, "Deus" e "Altíssimo".
O nome "Deus" em nossas bíblias é tradução do
hebraico El ( Números 23:8 - Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como
denunciarei, quando o SENHOR não denuncia? )
ou Eloah (Deuteronômio 32:15 - E, engordando-se Jesurum, deu coices
(engordaste-te, engrossaste-te, e de gordura te cobriste) e deixou a Deus, que
o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação.),
ou seu plural, Elohim (Gênesis
1:1 - NO princípio criou Deus os céus e a terra. ).
O outro nome genérico é Elyon,
"Altíssimo" ( Deuteronômio 32:8 - Quando o Altíssimo distribuía as
heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros,
estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. ), às vezes acompanhado de "El", como em El-Elyon, "Deus Altíssimo"
( Gênesis 14:19 - E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus
Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; )
( Gênesis 14:20 - E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus
inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. ).
3.
Nomes específicos.
São três os nomes específicos que o Antigo Testamento aplica
somente para o Deus verdadeiro: Shadday, Adonay e YHWH.
El-Shadday, "Deus Todo-poderoso", é o nome que Deus usou ao revelar-se a Abraão ( Gênesis
17:1 - SENDO, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a
Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê
perfeito. ); ( Êxodo 6:3 - E eu
apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu
nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido. ).
Adonay, "Senhor", é um
nome próprio e não um pronome de tratamento (Isaías 61: - O ESPÍRITO do Senhor
DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos
mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade
aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; ).
O outro nome é o tetragrama (as quatro consoantes do nome
divino, YHWH, Yahweh, Javé ou Jeová).
A versão Almeida Corrigida, nas edições de 1995 e 2009,
emprega "SENHOR", com todas as letras maiúsculas, onde consta o
tetragrama no Antigo Testamento hebraico para distinguir de Adonay ( Juízes
6:22 - Então viu Gideão que era o anjo do SENHOR e disse: Ah, Senhor DEUS, pois
vi o anjo do SENHOR face a face. ).
Síntese do Tópico I
No Antigo Testamento,
o nome de uma pessoa tinha a função de mostrar o caráter ou a índole de um
individuo.
II – O nome que se tornou
inefável.
1. A pronúncia
do nome divino.
O tetragrama é inefável = ( Que não pode ser nomeado, designado ou descrito devido à sua
complexidade natural, intensidade ou beleza; indescritível. P.ext. Que não se pode descrever por
palavras. P.ext. Que provoca
grande prazer ou contentamento; encantador.
Figurado. Religião. Designação de Deus. ) no judaísmo desde o período interbíblico e permanece impronunciável pelos judeus ainda hoje.
Figurado. Religião. Designação de Deus. ) no judaísmo desde o período interbíblico e permanece impronunciável pelos judeus ainda hoje.
Isso para evitar a vulgarização do nome e assim não violar o
terceiro mandamento.
A escrita hebraica é consonantal; as vogais são sinais
diacríticos* que os judeus criaram somente a partir do ano 500 d.C.
Assim, a pronúncia exata das consoantes
YHWH se perdeu no tempo.
Os judeus religiosos pronunciam por
reverência Adonay cada vez que encontram o tetragrama no texto sagrado na
leitura da sinagoga.
2. Jeová ou
Javé?
Na Idade Média, especificamente no século XIV, foram
inseridas no tetragrama as vogais de Adonay (o "y" é semiconsoante no
alfabeto hebraico).
O resultado é a pronúncia "YeHoWaH".
Isso para lembrar, na leitura, que esse nome é inefável e,
dessa forma, pronunciar "Adonai".
Esse enxerto no tetragrama resultou na forma
"Jeová", que não aparece no Antigo Testamento hebraico.
Estudos
acadêmicos confirmam o que a maioria dos expositores do Antigo Testamento
vinham ensinando, que a pronúncia antiga do nome é Yahweh, e na forma
aportuguesada é Iavé ou Javé.
3. O
significado.
Esse nome vem do verbo hebraico hayah, "ser,
estar".
O significado desse verbo em Êxodo 3.14, "EU SOU
O QUE SOU", indica que Deus é imutável e existe por si mesmo; é
autoexistente, autossuficiente e que causa todas as coisas.
Deus se revela pelo seu nome.
O terceiro mandamento é um resumo e ao mesmo tempo uma
recapitulação daquilo que Deus havia dito antes a Moisés (Êxodo 3:14 - E disse Deus a
Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU
me enviou a vós.) (Êxodo 6:3 - E eu
apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu
nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido. ) .
Síntese do Tópico II
A pronúncia do
tetragrama, YHWH, o que seria o nome
de Deus, perdeu no tempo.
III – Tomar o nome de Deus em vão.
1. O
terceiro mandamento.
O
termo hebraico lashaw, "em vão, inutilmente, à toa", indica algo sem
valor, irreal no aspecto material e moral.
A Septuaginta emprega a expressão grega epimataio,
"impensadamente".
O substantivo
shaw (pronuncia-se "chav") significa "vaidade, vacuidade".
Corresponde a usar o nome de Deus de forma superficial, em
conversas triviais, e faltar com a verdade em seu nome, como ao pronunciar um
juramento falso ( Levítico 19:12 - Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do
teu Deus. Eu sou o SENHOR. ) ou fazer um
voto e não o cumprir ( Eclesiastes 5:4 - Quando a Deus fizeres algum voto,
não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. ).
2. Juramento
e perjúrio – (Juramento falso
ou violação de juramento.
Jurídico. Delito em que alguém presta um falso testemunho ou faz uma falsa acusação.
Jurídico. Testemunho feito na justiça para prejudicar alguém através de mentiras ou testemunhando falsamente. ).
Jurídico. Delito em que alguém presta um falso testemunho ou faz uma falsa acusação.
Jurídico. Testemunho feito na justiça para prejudicar alguém através de mentiras ou testemunhando falsamente. ).
O juramento é o ato de fazer uma afirmação ou promessa solene
tomando por testemunha algum objeto tido por sagrado; o
perjúrio é o falso juramento.
As palavras do Senhor Jesus, "ouvistes que foi dito aos
antigos" ( Mateus 5:33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não
perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. ), não
se referem ao Antigo Testamento, mas aos antigos ensinos dos rabinos, às suas
interpretações peculiares das passagens da lei que falam sobre o tema ( Êxodo
20:7 - Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não
terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. ); (Êxodo 19:12 - E
marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte,
nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá. ); (Deuteronômio
6:13 - O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome
jurarás. ).
Isso fica claro, pois as palavras seguintes, "Não
perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor", não aparecem em
nenhum lugar no Antigo Testamento.
3. Modalidades de juramentos.
As autoridades israelitas escalonavam
o juramento em diversas modalidades: pelo céu, pela terra, por Jerusalém ( Mateus
5:34 - Eu, porém, vos
digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de
seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; )
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque
não podes tornar um cabelo branco ou preto.
), pelo Templo e pelo ouro do Templo;
pelo altar e pela oferta que está sobre o altar e assim por diante ( Mateus
23:16 - Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar
pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. )
( Mateus 23:17 - Insensatos e cegos! Pois qual é maior:
o ouro, ou o templo, que santifica o ouro? )
( Mateus 23:18 - E aquele que jurar pelo altar isso
nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. )
( Mateus 23:19 - Insensatos e cegos! Pois qual é maior:
a oferta, ou o altar, que santifica a oferta? )
( Mateus 23:20 - Portanto, o que jurar pelo altar, jura
por ele e por tudo o que sobre ele está; )
( Mateus 23:21 - E, o que jurar pelo templo, jura por
ele e por aquele que nele habita; )
( Mateus 23:22 - E, o que jurar pelo céu, jura pelo
trono de Deus e por aquele que está assentado nele. ).
Segundo essa linha de pensamento, os
juramentos se classificavam em obrigatórios e não obrigatórios.
Jurar pelo Templo não seria válido;
mas, se alguém jurasse pelo ouro do Templo, estava obrigado a cumpri-lo.
Tais crenças e práticas eram
condenadas nas Escrituras Sagradas.
Tudo isso era uma forma de ocultar o
pecado.
Síntese do Tópico III
O terceiro mandamento
corresponde a usar o nome de Deus de forma superficial, em conversas triviais,
fúteis e insignificantes.
Subsidio Teológico.
Ao que tudo
indica a proibição aqui não se limita a blasfêmias e vulgaridades no sentido
moderno.
Ademais, o
senso comum de que o mandamento proíbe jurar falsamente em um tribunal é
válido, mas não encerra o caso.
A palavra
hebraica para “vão”, aqui utilizada, deriva de uma raiz que significa “estar
vazio”, no sentido de “não ter substancia, não ter valor”.
Qualquer
invocação do nome de Deus ou menção de seu nome que seja simplesmente
perfunctória, equivale a tomar o nome de Deus em vão.
Em outras
palavras, tomar o nome de Deus em vão é usar seu divino nome em relação a
coisas desimportantes, fúteis e insignificantes.
Por isso,
Elton Trueblood afirma: “A pior blasfêmia não é o sacrilégio, mas as palavras
falsas”
( HAMILTON, Victor, Manual do Pentateuco, Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 221 )
IV – O Senhor Jesus proibiu o juramento.
1. Objetivo
do terceiro mandamento.
A finalidade é pôr um freio na mentira,
restringir os juramentos e assim evitar a profanação do nome divino (Levítico
19:12 - Nem jurareis
falso pelo meu nome, pois profanarás o nome do teu Deus. Eu sou o SENHOR. ).
O Senhor Jesus nos ensinou na oração
do Pai Nosso a santificar o nome divino ( Mateus 6:9 - Portanto, vós orareis assim: Pai
nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; ).
Ninguém deve usar o
nome de Deus nas conversas triviais do dia a dia, pois isso é misturar o
sagrado com o comum (Levítico 10:10 - E para fazer diferença entre o santo e o
profano e entre o imundo e o limpo, ).
O Senhor Jesus condenou duramente
essas perversões farisaicas, práticas que precisavam ser corrigidas ou mesmo
substituídas.
Este mandamento foi restaurado sob a
graça e adaptado a ela na nova dispensação, manifesto na linguagem do cristão:
"sim, sim; não, não" ( Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim;
Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna. ).
2. A
proibição absoluta.
Há os que entendem que a expressão "de maneira
nenhuma" ( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo
céu, porque é o trono de Deus; ) é uma
proibição de toda e qualquer forma de juramento.
Entre os que defendem essa interpretação estão os amish
e os quakers, que nos Estados Unidos se recusam a jurar nos tribunais de
justiça.
Eles acreditam que o Senhor Jesus não fez declaração sob
juramento diante do Sinédrio ( Mateus 26:63 - Jesus, porém,
guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo
Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. )
( Mateus 26:64 - Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis
em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens
do céu. ).
De igual modo, o apóstolo Paulo evitava fazer juramentos em
afirmações solenes ( Romanos 9:1 - EM Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a
minha consciência no Espírito Santo ): (
I Corintios 1:23 - Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo
para os judeus, e loucura para os gregos.
).
Amish
São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso
restrito de equipamentos
eletrônicos, inclusive telefones e automóveis.
Estimativas do início
da década de 2000 apontavam a existência de 198 mil membros da comunidade amish
no mundo, sendo 47 mil apenas na Pensilvânia.
Esses grupos são
compostos por descendentes de algumas centenas de alemães e suíços que migraram
para os Estados Unidos e o Canadá.
Os amish preferem
viver afastados do restante da sociedade. Eles não prestam serviços militares,
não pagam a Segurança Social e não aceitam qualquer forma de assistência do
governo. Muitos evitam até mesmo fazer seguro
de vida.
A maioria fala um
dialeto alemão conhecido
como "Alemão da
Pensilvânia" (em inglês: Pennsylvania
Dutch ou Pennsylvania German).
Eles dividem-se em
irmandades, que por sua vez se divide em distritos e congregações.
Cada distrito é
independente e tem suas próprias regras de convivência.
O filme "A Testemunha", com o actor Harrison Ford, mostra o modo de vida dos
amish nos Estados Unidos.
Homens usando ternos
e chapéus pretos e mulheres com a cabeça coberta por um capuz branco e com um
vestido preto.
A comunidade Amish
considerou muito liberal a imagem que se fez deles.
Os amish não gostam
de ser fotografados. Interpretam que, de acordo com a Bíblia, um cristão não
deve manter sua própria imagem gravada.
Quakers
Quaker é o nome dado a vários grupos religiosos, com origem
comum num movimento protestante britânico do século XVII.
A denominação quaker
é chamada de quakerismo, Sociedade Religiosa dos Amigos (
em inglês:Religious
Society of Friends), ou simplesmente Sociedade dos Amigos ou Amigos.
Eles são conhecidos
pela defesa do pacifismo e da simplicidade.
Estima-se que haja
360.000 quakers no mundo, sendo no Quênia na África o local que possui a maior comunidade
quaker.1
Criado em 1652, pelo inglês George Fox,
o Movimento Quaker pretendeu ser a restauração da fé cristã original, após
séculos de apostasia;
eles se chamavam de "Santos", "Filhos da Luz" e
"Amigos da Verdade" – donde surge, no século XVIII, o nome
"Sociedade dos Amigos".
A Sociedade dos
Amigos reagiu contra o que considerava abusos da Igreja
Anglicana, colocando-se como "sob a inspiração direta do Espírito
Santo".
Os membros desta
sociedade, ridicularizados no século XVII com o nome de quakers ( inglês para "tremedores" ),
que a maioria adota até hoje, rejeitam qualquer organização clerical, para
viver no recolhimento, na pureza moral e na prática ativa do pacifismo, da
solidariedade e da filantropia.
Perseguidos na
Inglaterra por Carlos II, os quakers emigraram em massa
para os Estados Unidos, onde, em 1681, criaram, sob a égide
de William Penn,
a colónia da Pensilvânia.
Em 1947, os comités
ingleses e americanos do Auxílio Quaker Internacional receberam o Prêmio Nobel da Paz.
3.
A proibição relativa.
Outros afirmam que a proibição de Jesus se restringe aos
juramentos triviais, e por essa razão o Senhor Jesus foi específico: "de
maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, [...] nem pela terra, [...] nem por
Jerusalém, [...] nem jurarás pela tua cabeça ( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo
que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por
Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
)
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um
cabelo branco ou preto. ).
Outro argumento é que homens de Deus no Antigo Testamento
faziam juramentos em situação solene e o próprio Deus jurou por si mesmo ( Gênesis
24:3 - Para que eu te faça jurar pelo SENHOR Deus dos céus e Deus da terra, que
não tomarás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu
habito. ); (Gênesis 50:6 - E Faraó
disse: Sobe, e sepulta a teu pai como ele te fez jurar. ) (Gênesis 50:25 - E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo:
Certamente vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui. ); (Hebreus 6:13 - Porque, quando Deus
fez a promessa a Abraão, como não
tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, )
(Hebreus 6:16 - Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles,
e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda a contenda. ).
Consideram, ainda, como juramento a resposta de Jesus e as
declarações solenes de Paulo ( Mateus 26:63 - Jesus, porém,
guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo
Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. )
( Mateus 26:64 - Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis
em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens
do céu.) (Romanos 9:1 - EM Cristo
digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito
Santo): ( I Corintios 1:23 - Mas nós
pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para
os gregos. ).
Essas últimas passagens bíblicas não parecem conclusivas em
si mesmas; entretanto, a proibição relativa nos parece mais coerente.
Mesmo assim, devemos evitar o juramento e substituir o termo
por voto solene em cerimônias de casamento.
Subsidio Teológico.
Os juramentos ( Mateus
5:33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas
cumprirás os teus juramentos ao SENHOR. )
( Mateus 5:34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo
céu, porque é o trono de Deus; )
( Mateus 5:35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por
Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
)
( Mateus 5:36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um
cabelo branco ou preto. )
( Mateus 5:37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que
passa disto é de procedência maligna. )
Mateus apresenta pela quarta vez a fórmula “foi dito... Eu
porém voz digo”.
No comentário sobre a antiga lei, Jesus faz um ajuste
importante.
Os juramentos eram permitidos e, em alguns casos, exigidos ( Números
5:19 - E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se
deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas
amargas, amaldiçoantes, serás livre.),
mas Jesus proibiu o uso de juramentos.
O emprego do advérbio holos ( de maneira nenhuma ( Mateus 5:34
- Eu,
porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono
de Deus; )
Conclusão
A linguagem do cristão deve ser sim,
sim ou não, não.
Não há necessidade de jurar, pois o
testemunho, como crente em Jesus, fala por si mesmo.
Se alguém precisa jurar para que se
acredite em suas palavras, tal pessoa precisa fazer uma revisão de sua vida
espiritual.
Por essa razão, devemos viver o que
pregamos e pregar o que vivemos.
Para
refletir.
Sobre “Não tomarás o nome de
Deus em vão”
Qual é o valor do nome na
identidade de alguém?
Na
cultura biblica, o nome revelava o caráter e a índole de uma pessoa.
Que significado tem “EU SOU
O QUE SOU” para você?
Resposta Livre. A idéia é
que o aluno revele o que aprendeu sobre a expressão que mostra o verdadeiro
nome de Deus: “EU SOU O QUE SOU”.
É correto falarmos em nome
de Deus em conversas triviais?
Não. Isto seria misturar o
nome sagrado de Deus com as coisas comuns e profanas.
Em nossos
compromissos, há a necessidade de fazermos juramentos?
Não. palavra
do cristão deve ser “sim, sim ou não, não”.
Por que a nossa
palavra deve ser sim, sim e não não?
Os testemunhos
do cristão deve falar por si mesmo, sem a necessidade de qualquer juramento
para convencer alguém sobre a verdade
Por diácono Daniel Barros de
Lima
Dia 31 de
Janeiro de 2.015.